domingo, 30 de janeiro de 2011

M .

Estavas tão diferente. Apesar de faltares às aulas e não te interessares pelo trabalho, já saias de casa, vinhas sair connosco, andavas bastante bem disposto e alegre. Não consigo arranjar uma explicação, uma resposta para o que fizeste sábado! Eu sei que não é a primeira vez que bates nele, mas a raiva com que estavas… Não é normal! Não é normal fazeres isso a eles! Fiquei parva quando eles me contaram o que fizeste, o que fizeram… Não foste o único, mas a culpa é tua e dela, no meu ponto de vista.
E a parte mais estúpida foi ameaçares os amigos dele, ou seja, eu. Eu que estive do teu lado, dei-te conselhos e tentei ajudar-te, não só porque me pediste, mas porque achei que podia e devia. Mas tu não ligavas ao que dizia, até ao dia em que finalmente me deste ouvidos e chegaste à conclusão que já tinhas ultrapassado os limites. Falaste com ela, finalmente. Mas, depois da situação de sábado, não sei se foi bom o teres feito. Ela ficou do teu lado, defendeu-te mesmo sem teres razão, e ficou com as culpas quem menos merecia. Estás a ser uma pessoa que eu não conheço, alguém frio, mau, insensível, injusto e com raiva. Raiva essa que ninguém tem culpa, mas que toda a gente paga.
Todos te querem bem e tu desejas-nos tanto mal?! Nunca pensei isso de ti, M. E estou muito desiludida contigo.
Quero espaço agora para tentar perceber o que aconteceu, o que disseste, o que fizeste… Apesar de achar que nunca vou entender.
Será que nos enganaste este tempo todo?
Será que nada do que me disseste foi sincero?
Será que me usaste? Que nos usaste?
Afinal pedias ajuda e nunca ligaste ao que disse.
Não sei, M. Neste momento, não estou aqui para ti. Não me procures. Não tentes desculpar-te como sempre fizeste.

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